Problem-Reaction-Solution: A Estratégia Oculta das Novas Tarifas Globais
Nos últimos dias, o mundo viu com apreensão o anúncio de novas tarifas generalizadas impostas pelos Estados Unidos. Oficialmente justificadas como medidas necessárias para proteger a economia norte-americana, especialistas e observadores internacionais começam a levantar hipóteses mais profundas e, possivelmente, alarmantes sobre o verdadeiro propósito por trás dessas ações.
O anúncio do presidente Donald Trump, impondo grandes tarifas sobre praticamente todas as importações, com acréscimos específicos ainda maiores em setores críticos como o automotivo, gerou imediatamente uma crise global. Mercados despencaram, governos internacionais protestaram, e uma onda de incerteza econômica varreu o planeta. Até aqui, nada surpreendente.
Mas será essa crise apenas uma consequência inesperada ou parte de uma estratégia deliberada mais ampla conhecida entre estudiosos e analistas críticos como "Problem-Reaction-Solution"?
Esta técnica, baseada na dialética hegeliana, sugere um método onde governos ou elites criam ou permitem a existência de problemas críticos para que a reação pública resultante crie as condições perfeitas para a aceitação de soluções previamente planejadas, geralmente com implicações autoritárias ou centralizadoras.
Aplicando essa perspectiva à crise tarifária atual, começa-se a vislumbrar uma hipótese mais inquietante. Se o problema é uma crise econômica internacional, qual seria exatamente a reação esperada? Caos econômico, insegurança generalizada, escassez e dependência crescentes, e sobretudo, uma sensação generalizada de que o sistema atual é insustentável.
A verdadeira pergunta, no entanto, é qual seria a solução já planejada para esta crise aparentemente "inesperada". Poderíamos pensar criticamente que o objetivo oculto seja uma nova governança econômica global altamente centralizada, possivelmente envolvendo uma moeda digital global ou até mesmo o fortalecimento radical de instituições supranacionais como FMI, Banco Mundial, OMC e o Fórum Econômico Mundial.
Mas talvez o cenário mais visceral, e que realmente garantiria adesão pública maciça e imediata, seria algo ainda mais impactante. Uma crise global "inesperada", como um ataque cibernético maciço às grandes empresas tecnológicas americanas essenciais à infraestrutura global da internet. Um evento desse tipo causaria caos absoluto, derrubando redes de comunicação, sistemas financeiros digitais e infraestrutura crítica global.
A consequência emocional e psicológica seria devastadora, gerando uma demanda pública global por uma solução urgente e imediata. Sob essa pressão, seria relativamente fácil propor e aceitar uma governança global rígida da internet, estatizando ou centralizando organismos técnicos fundamentais, como o W3C, atualmente independentes.
Este cenário hipotético, embora inquietante, não é irrealista. Na história recente, diversas crises aparentemente espontâneas já levaram à implementação rápida de políticas previamente consideradas inaceitáveis pela opinião pública.
Resta saber se estamos, novamente, diante da utilização dessa estratégia hegeliana em escala global. Os próximos eventos no cenário econômico e político mundial podem revelar mais claramente o que por enquanto ainda é apenas uma hipótese preocupante, mas infelizmente plausível.
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